anterior: a descobrir-se, parte 1 de 3.
antes o seu vazio era maçante e a impedia de tudo, porém agora o vazio gerava uma sensação de liberdade plena. como ela gostaria de poder compartilhar isto com Delmique. e ao pensar em seu amo, na sala branca ele surgiu e estava completamente envolto por cordas, correntes e amordaçado.
- Óh, pobre Monstro, pobre Delmique! O que fizeram com você? - e mesmo amordaçado ele conseguia falar - O que você fez comigo Luzerna? Acha mesmo que eu mereço isto? - Não! Jamais... eu jamais faria isto. - e dizendo tais coisas, Blanca lembrou-se da primeira vez que perdeu-se em si mesma, dos panos coloridos que a prenderam como rede, da voz ecoante que lhe chamava pelo nome, e agora ela nem mesmo sabia se Blanca era realmente seu nome, e se fosse, quem ela seria? - Delmique, não sei ao certo, mas acho que isto não é real - e conforme dizia assustada, tudo ao seu redor sofria um leve tremor e sua voz engrossava como um mingau que passou do ponto. ele nada disse, curvou sua face e desapareceu, ela voltou a estar sozinha naquela sala eternamente iluminada, sem fim e sem começo, sem alturas e sem bordas.
- Realmente não é real, as coisas não costumavam sumir assim de onde eu vim, tudo havia um ritmo e um motivo para existir. Aqui é tudo tão diferente e bagunçado. - ela pausou por um momento e olhou tudo ao redor - Por vezes me perguntei se não estaria sonhando, mas sempre acreditei que se estivesse em um mundo que fosse criado por mim ele seria perfeito como o paraíso, mas aqui me encontro em meio à morbidade e escassez.
Óh, como estou destruída e abalada por dentro! Como estou sem rumo... - caiu em prantos incessantes, travando o rosto em seus braços e pernas como uma criança desconsolada. um pouco ressabiada levantou seus olhos de forma meticulosa e estava sentada no chão de seu quarto, que por muito tempo não via e sentia. pela primeira vez pensou em tocar seu rosto, em si mesma e saber se aquilo era real, e de fato o era. a janela do quarto estava fechada, mas era possível ver a luz viva brigando com as frestas para adentrar no quarto. Blanca se levantou, abriu a janela e desta vez não ficou cega. deu de cara com o seu vizinho cortando a grama, ele a olhou assustado porém gentilmente a cumprimentou.
- Óh, pobre Monstro, pobre Delmique! O que fizeram com você? - e mesmo amordaçado ele conseguia falar - O que você fez comigo Luzerna? Acha mesmo que eu mereço isto? - Não! Jamais... eu jamais faria isto. - e dizendo tais coisas, Blanca lembrou-se da primeira vez que perdeu-se em si mesma, dos panos coloridos que a prenderam como rede, da voz ecoante que lhe chamava pelo nome, e agora ela nem mesmo sabia se Blanca era realmente seu nome, e se fosse, quem ela seria? - Delmique, não sei ao certo, mas acho que isto não é real - e conforme dizia assustada, tudo ao seu redor sofria um leve tremor e sua voz engrossava como um mingau que passou do ponto. ele nada disse, curvou sua face e desapareceu, ela voltou a estar sozinha naquela sala eternamente iluminada, sem fim e sem começo, sem alturas e sem bordas.
- Realmente não é real, as coisas não costumavam sumir assim de onde eu vim, tudo havia um ritmo e um motivo para existir. Aqui é tudo tão diferente e bagunçado. - ela pausou por um momento e olhou tudo ao redor - Por vezes me perguntei se não estaria sonhando, mas sempre acreditei que se estivesse em um mundo que fosse criado por mim ele seria perfeito como o paraíso, mas aqui me encontro em meio à morbidade e escassez.
Óh, como estou destruída e abalada por dentro! Como estou sem rumo... - caiu em prantos incessantes, travando o rosto em seus braços e pernas como uma criança desconsolada. um pouco ressabiada levantou seus olhos de forma meticulosa e estava sentada no chão de seu quarto, que por muito tempo não via e sentia. pela primeira vez pensou em tocar seu rosto, em si mesma e saber se aquilo era real, e de fato o era. a janela do quarto estava fechada, mas era possível ver a luz viva brigando com as frestas para adentrar no quarto. Blanca se levantou, abriu a janela e desta vez não ficou cega. deu de cara com o seu vizinho cortando a grama, ele a olhou assustado porém gentilmente a cumprimentou.
Continua...
imagem retirada deste link: http://weheartit.com/entry/28172083
Nenhum comentário:
Postar um comentário
• Fique à vontade para comentar e dar a sua opinião! Todos os pontos de vista são bem vindos!
• Me avise se seguir o blog, que eu sigo de volta!
◘ Aproveite e clique em "Leu" na barrinha rosa aí embaixo, logue com o seu Facebook, e gerará pontos acumulativos que servirão para sorteios e premiações futuras.
• Deixe o LINK do seu blog no final do comentário.